Família suspeita de falha na interpretação de exame de sangue
Após ser atendida duas vezes no Hospital das Clínicas, às 19 h de domingo (24) e às 4h da madrugada de segunda-feira (25), a estudante Patrícia Ferreira da Silva, 19, veio a óbito na madrugada de ontem.
De acordo com a mãe, a doméstica Cristina Ferreira de Souza, 45, Patrícia foi submetida a um exame de sangue que segundo a médica de plantão não apresentou alterações. No local ela foi medicada via venal e por volta das 2h30 foi liberada.
Uma hora depois de chegar em casa a estudante teve que voltar ao HC, quando constataram que a pressão estava abaixo do normal. Foi colhido novamente material para exame de sangue, que constatou uma espécie de meningite viral.
De acordo com o relato do médico que atendeu a estudante ela teve uma parada cardíaca por volta das 4h30. “Eles ainda tentaram reanimá-la por uma meia hora sem sucesso”, disse o pai Miguel Moreira da Silva, 48.
A tia de Patrícia, a dona de casa Maria Elisabete da Silva, 51, não tem dúvidas de que o primeiro exame feito na sobrinha não foi bem interpretado. “Faltou atenção de quem passou o resultado do exame. Ninguém desenvolve meningite no prazo de duas horas”, desabafou.
De acordo com a família, o exame típico (retirada do líquido da espinha) para detecção da morte por meningite não foi feito. Até o sepultamento às 17h30, o atestado de óbito ainda não havia sido emitido.